Em celebração ao Dia da Terra (22/04), o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal apresenta, na sexta-feira, 26/04, no YouTube, a estreia do bate-papo: “A Seca no Brasil Central nos últimos 700 anos”, com Plácido Fabrício.

O período pré-industrial é considerado chave para a reconstituição climática, o que o torna ideal para o estudo da variabilidade hidroclimática natural do clima, que antecedeu o aumento da emissão de gases do efeito estufa após o período industrial. Neste contexto hidrológico, o Brasil está entre os países com maior vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas, com projeção de agravamento de perdas materiais e humanas, se medidas de mitigação e adaptação não forem tomadas com rapidez em escala nacional.

A análise de seis décadas de dados climáticos no Brasil, entre 1961 e 2020, demonstra que as mudanças climáticas já estão em curso, causando danos aos sistemas naturais, terrestres e oceânicos, humanos, de infraestrutura e produtivos. Eventos como a seca histórica na Amazônia, Pantanal e centro-oeste, ondas de calor em diversas partes do País e as chuvas torrenciais que causaram a inundação de cidades inteiras na região Sul são impactos do aquecimento global de 1,1°C, induzido pela humanidade, causando perdas materiais e de vidas humanas.

No Brasil central, a evaporação tem papel crítico, uma vez que, a demanda de evaporação superou a precipitação a partir da década de 1970 na região centro-leste do Brasil, o que proporciona um déficit hidrológico impulsionado pela tendência de aquecimento antropogênico. Portanto, em duas décadas, as alterações do clima afetaram mais de 125 milhões de brasileiros, com perdas econômicas que ultrapassam US$60 bilhões! Consequentemente, as projeções para o Brasil indicam a intensificação das temperaturas e a redução e concentração da precipitação, aumentando a ocorrência de desastres, doenças, perdas agrícolas, insegurança alimentar, entre outros impactos severos sobre a população e a economia do País. Medidas governamentais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas devem ser tomadas com urgência no Brasil.

Plácido Fabrício Silva Melo Buarque possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alagoas, mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutorado em Geoquímica e Geotectônica pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Atualmente, desenvolve projeto de pesquisa sobre Variabilidade hidroclimática das secas na região Centro-oeste de Goiás durante o último século a partir de registros em espeleotemas, como atividade de pós-doutorado no Programa de Geociências (Geoquímica) da Universidade Federal Fluminense (UFF/Niterói-RJ). Tem experiência na área de biogeoquímica isotópica e elementar, com ênfase em paleoclimatologia, mudanças climáticas, aquecimento global, geocronologia e dendroclimatologia.

GEODIA – DIA DA TERRA: A SECA NO BRASIL CENTRAL NOS ÚLTIMOS 700 ANOS
PARTICIPAÇÃO: Plácido Fabrício Silva Melo Buarque
DATA: 26/04/2024, sexta-feira
HORA: 19h30
LOCAL: Ao Vivo no YouTube do MM Gerdau – neste link

26/04 19h30
Local:YouTube do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Tipo: Ações Científicas; Programação

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