Você sabe qual a relação entre as cavernas e o campo magnético da Terra? No dia 20/04, quinta-feira, o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal apresenta o bate-papo virtual “Magnetismo em Cavernas: de registros climáticos a evolução campo magnético da Terra”. A conversa acontece a partir das 20h, no YouTube do MM Gerdau, e terá a participação do geofísico Plínio Jaqueto, vencedor do prêmio Capes de Tese 2022, com seu estudo de doutorado que abordou estudos sobre o magnetismo.
O estudo de espeleotemas, formações rochosas em cavernas, atrai uma grande quantidade de cientistas das mais diversas áreas do conhecimento. Nesta palestra será abordado o tema do significado dos minerais com propriedades magnéticas que são incorporadas as matrizes das estalagmites. Dada as condições em que estes minerais são incorporados a matriz, estes se mostram como ótimos registradores do campo magnético da Terra, no momento em que são formados e se tornam uma ferramenta útil para entendermos a evolução e dinâmica do campo magnético gerado no núcleo de nosso planeta.
Em especial no Brasil, estes registros podem elucidar a evolução e dinâmica da anomalia magnética do Atlântico Sul, a qual poucos dados estão disponíveis para os últimos milhares de anos. Nesta conversa serão discutidos os resultados obtidos em espeleotemas da região central do Brasil, para os últimos 6000 anos. Além disso, os minerais magnéticos como magnetita, hematita e goetita estão intimamente ligados ao ciclo do ferro e podem, também, ser utilizados para entendermos processos de formação de solo e sua conexão com os ciclos hidrogeológicos, nos mais diferentes biomas e regimes climáticos.
Plinio Jaqueto é um pesquisador na área de Ciências da Terra. Sua formação em geofísica foi feita no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). O mestrado e doutorado foram realizados no IAG-USP com a conclusão do doutoramento em 2021. A principal área de pesquisa é o magnetismo rochas com foco nos materiais formados em ambientes cársticos para entender os diferentes processos ambientais e climáticos que afetam o ciclo do ferro, além dos registros do campo magnéticos durante a formação de espeleotemas.
Atualmente faz o pós-doutoramento no Institute for Rock Magnetism na University of Minnesota. Sua pesquisa foi destaque no mestrado pelo prêmio da Sociedade Brasileira de Geofísica e do congresso LatinMag (2015), e no doutorado pelo prêmio Capes de melhor tese na área de Geociências (2022) e de jovem pesquisador pelo Geological Society of America na divisão de carste.
A RELAÇÃO ENTRE AS CAVERNAS E O CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
Data: 20/04, quinta-feira
Horário: 20h
Local: YouTube do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal